
Ligar o rádio de manhã, a caminho de mais um dia de trabalho, aqui em Macau, é hábito que rapidamente perdi.
Todas as estações sintonizáveis falam cantonês, os locutores, em regra dois, adoram dialogar para o ouvinte, a maioria passa os últimos hits chineses e as notícias são lidas numa língua relativamente à qual os meus parcos conhecimentos necessários para uma sobrevivência digna não são suficientes para perceber "pevide".
Excepção é feita, porém, a uma estação portuguesa, cujo conteúdo convictamente ignoro sob pena de chegar mal-disposta no começo de mais um dia de jorna.
No super-jeep vale-me, por isso, o iTrip e o iPod para, alegremente, conduzir-me ao som do meu som. No trabalho, porém, descobri a "pólvora".
Se a memória não me falha existe/existia uma estação de rádio em Portugal chamada "Rádio Nostalgia".
Pois, eu, por cá, descobri a "minha" rádio nostalgia: RFM via net, Anos 80.
Impossível resistir a cantarolar musiquinha que já não ouvia há séculos e de cujas letras ainda a minha memória guarda.
E, é assim.
Desde então, é ver-me entre dois contratos, três livranças e o telefone, a cantarolar (bem baixinho, que em matéria de cantoria, o meu dom saiu ao pai, para mal dos meus pecados e de todos os que me rodeiam quando me desinibo e puxo pela voz) os eternos hits da minha geração.
E, nem imaginam, o bem que sabe!