Hong Kong Sevens

Os meus dois irmãos são, ambos, jogadores de rugby.

Sempre que o dia era de jogo, o gozo que o brilho nos olhos deles transparecia era para mim um mistério. Que raio de prazer tirarão estas duas almas em serem atirados ao chão, correrem atrás de uma bola que mais parece um melão e sairem todos enlameados, esfolados e "feitos em papa" no final?! - pensava eu...

Apesar disso, como mana orgulhosa que sou, lá ía assistir aos jogos sem perceber nadinha das regras. Até que...um belo dia, o meu irmão João marcou um ensaio mesmo à minha frente.

O público levantou-se de imediato a aplaudir e eu, sentada, só o via, sempre agarrado à bola, esmagado por uma séria de bruta-montes e " a leste-do-paraíso".

Ok. Chegara a altura de perceber o mínimo...

E, assim, lá dei por mim a aprender o que é um ensaio, uma "maul", um "drop-out", etc. etc.

E, sabem que mais?! Aprendi a gostar deste jogo maluco.

Pois, este fim-de-semana o rugby-spot é Hong Kong!

Hong Kong Sevens, o motivo.

Et moi?

Lá estarei!

Joãozinho e meu Batata, vá, confessem... que se estão a "roer de inveja"! ;-)

Milagres

Ouvir uma menina de nove anos dizer-nos que somos a sua melhor amiga faz-nos sorrir e, no momento em que sentimos no rosto um beijo com sabor a guloseimas e o seu abraço desajeitado, acreditamos, de novo, em fadas ;-)

Da amizade genuína

Fazer amigos pode ser fácil, para pessoas extrovertidas, como eu.

Recordo uma frase do meu pai: "Difícil não é fazer amigos, mas sim saber mantê-los."

É bem verdade.

No fundo, o difícil é saber alimentar as amizades que valem a pena com todos os adubos necessários para que as mesmas se tornem de granito. O segredo está, tenho eu aprendido, em respeitar o outro, em exigir o respeito, em aceitar as diferenças, em partilhar as alegrias, em confidenciar os desgostos, em perdoar as falhas... no fundo, em darmo-nos e recebermo-nos com todas as qualidades e defeitos de que todo o ser humano é feito.

Ao longo da vida, felizmente, tenho vindo a guardar no coração bons amigos.

E, hoje, aprendi, que é nos revezes da vida que nos aprendemos e que aprendemos também a dimensionar a importância que certas pessoas têm para nós.

"Senhor António"

O meu sobrinho americano que é um "pintarolas" chama-se António Maria (nome bem giro, aliás). Ora, a minha progenitora, que com a existência do rapaz, virou "avó", quer goste quer não do epíteto, volta e meia, nos seus ataques de mimo, resolve chamar-lhe "Toninho", coisa que deixa o meu mano/pai do rebento "varado". Os pontos nos ii's são logo devidamente postos: "Mãe, Toninho não. Para si, é... Senhor António!"

E, foi assim, que a criatura mais linda do mundo começou a ser conhecida entre nós como o "Senhor António".

Ora, hoje o famoso "Senhor António" vai ser baptizado - creio que esteja a sê-lo no momento em que escrevo este post. Sabem, dava tudo para, agora, já, lhe poder dar os beijos todos que vou guardando e derreter-me naqueles olhos cor de ternura...

Publicidade

Além de me cativar a imaginação que se descobre por detrás de um bom anúncio, que quanto a mim é uma manifestação sublime da inteligência humana, sou a melhor cobaia da publicidade. Uma vítima da dita. Assumida. E sem remorsos.

É verdade que não chego aos calcanhares da minha avó materna, que em compras por catálogo é imbatível e que sempre que descobre um produto novo logo lhe nasce uma necessidade premente, até aí inexistente, e cuja satisfação apenas o dito produto pode suprir, mas, ainda assim... tenho de reconhecer muita comprinha feita por influência da publicidade.

Hoje, ao vaguear pela Livraria Portuguesa, comprei dois livros - um porque conheço o autor e sei que dele gosto e outro porque me deparei com a seguinte frase: "Este livro deve ser manuseado com cuidado: contém emoções."

Não tive dúvidas. Às tantas não vale um chavo, mas quanto a livros, para mim, de facto, a melhor publicidade é feita apenas de palavras assim :-)

O que é o amor?

"Love is the expression of one's values, the greatest reward you can earn for the moral qualities you have achieved in your character and person, the emotional price paid by one man for the joy he receives from the virtues of another."

Ayn Rand

Memórias

Uma das recordações mais doces que guardo da infância era a "festa" que era um serão passado a ouvir discos.

Sempre na presença de um ou de ambos os progenitores, que a operação de pegar no disco, limpá-lo, colocá-lo no prato e nele fazer poisar a fina agulha era demasiao delicada para as nossas mãos de petizes, eu e o meu mano do meio fomos sendo, assim, apresentados a vozes e melodias que guardamos na memória, algumas das quais nos têm acompanhado ao longo da vida.

Um dos meus favoritos era o disco dos Saltimbancos.

Musical infantil cantado por um elenco de luxo, no qual se integravam vozes como as de Chico Buarque e Miúcha interpretando cada um dos animais. A capa do disco era exactamente esta que aqui vêm.

Pois, hoje, resolvi ouvir algumas das músicas que compunham o álbum... e não é que ainda me lembro delas de cor?!

"Jumento não é, jumento não é, o grande malandro da praça. Trabalha, trabalha de graça.." :-)

Requintes

Na casa onde cresci, sempre que havia transmissão de um jogo de futebol, o sexo maculino que constituía a maioria predominante era imbatível. Não havia documentário interessante, filme fantástico ou debate acesso que me permitisse a mim e à minha progenitora mudar de canal.

E,como o que não tem remédio, remediado está, lá aprendemos as duas a gostar de ver uma boa jogatina e, sobretudo, a ususfruir o sofrimento antagónico e hilariante, que resultava de um irmão adepto fervoroso da sua águia e o outro do seu leão.

Àparte os jogos, o mundo futebolístíco é uma fonte inesgotável de preciosidades linguísticas. Ninguém se esquece de pérolas como os prognósticos deixados para o final do jogo, as vidas que dão voltas de 360º (voltando assim ao mesmo sítio) ou a do outro, pobre coitado, que à beira-do-abismo resolve dar um passo em frente...(paz à sua alma, que não deve ter ficado em bom estado, o desgraçado do rapaz).

Não me esqueço do meu professor de português um dia nos questionar sobre o significado do adjectivo "fulgurante" e da resposta pronta de um colega de turma, burro que nem um penedo, e que ali viveu o seu momento de glória: "Um golo fulgurante, stôr, é tipo do género um golo bestial!" O prof. lá anuiu a custo, tendo em conta os seus trejeitos de "borboleta" e a sua abomição pelo universo futebolístico.

A linguagem futebolística tem laivos de requinte. Se nos entretivermos a apreciar os relatos e, sobretudo, os comentários antes e depois dos jogos, vão por mim, rebolamos a rir. Sem contar com os pontapés (fulgurantes!) na gramática, há expressões recorrentes dignas de registo. A última que retive foi: "em certos e determinados jogos..." - mas quais, senhores?!

Enfim... A verdade é que uma qualidade incontestável aquelas alminhas têm... Já repararam como conseguem "botar faladura" e não dizer nadinha?!

Impressionante!

E Neruda, porque merece

Ellas
Sonríen, cuando quieren gritar.
Cantan, cuando quieren llorar.
Lloran, cuando están felices y ríen, cuando están nerviosas.
Luchan por lo que quieren.
No toman un "no" por respuesta, cuando creen que hay una mejor solución.
Andan sin zapatos nuevos, para que sus hijos puedan tener los suyos.
Van al médico, con una amiga asustada.
Aman incondicionalmente.
Lloran, cuando sus niños sobresalen y animan a sus amigos, a que lo hagan.
Se les rompe el corazón, cuando muere un amigo.
Sufren, con la perdida de un miembro de la familia, aunque son fuertes, cuando creen haber perdido la fuerza.
Saben que un beso y un abrazo, pueden curar un corazón herido.
Las mujeres vienen de todos los tamaños, colores y formas...
Ellas manejan, vuelan, caminan, corren o escriben por correo electrónico, para demostrarte cuanto les importas...
El corazón de una mujer, es lo que hace al mundo girar!...
Las mujeres hacen mas que solo dar a luz: traen alegría y esperanza...
Ellas dan compasión e ideales...
Dan apoyo moral a sus familiares y amigos.

Coisas de mulher

Faz do dia da Mulher um jogo de futebol

Chuta as tristezas.

Finta as dificuldades.

Faz mil golos de alegria.

Estarei sempre na banca a torcer por ti.

Esta foi uma mensagem que hoje recebi. A melhor de todas, tenho de confessar.

Quem ma enviou é uma grande mulher. Corajosa, bonita, cheia de força e energia e, acima de tudo, amiga até ao tutano. A distância custa, quando sentimos que alguém precisa de nós... gostava de estar por perto agora, Vi, para te dar o ombro e o amparo que mereces.

Mas, tal como sempre me ensinaste, força! coragem!

Que a vida é só uma e cada dia uma dádiva ;-)

New look

De há uns dias a esta parte, as minhas tentativas de alimentar os morangos têm-se revelado vãs.

Não sei por que carga-de-água ou por alminha de quem, de cada vez que tento escrevinhar qualquer coisa, eis que me surge uma mensagem imbecil a convidar-me para transferir o meu "barraco" para uma nova versão. Mas para quê, santo deus? Se eu estava tão habituadinha à outra e funcionava tão bem?! Não quero!!!

Eu bem berrei, falei sozinha, tentei isto-e-aquilo... e nada.

OK... Se não os podes vencer, junta-te a eles.

Eis a razão porque os morangos, em virtude dessa faísca tecnológica cujo teor desconheço, tiveram de ser vítimas de um novo formato.

Ora, como agora o que é light está na moda, apresento-vos os novos morangos "de cara-lavada". Mais arrojados, menos sóbrios, no que toca a cores, mas a velha Bzz por aqui continua com todas as suas lamechices, aventuras e desventuras para contar.

Os velhinhos morangos continuam a existir, pois o passado sempre nos ensina a compreender o presente. Os novos, aqui estão para que deles desfrutem.

Lambuzem-se, por isso, que estes nem sequer engordam ;-)