
Fui criada por uma ama à moda antiga.
Gracinda de seu nome, nome demasido complicado para o palavreado de quem começa a aprender a falar. Vivia connosco, era a "mãe" que me acarinhava quando a genuína não estava presente porque o início de uma carreira não o permitia; era aquela a quem minhas amigas julgavam avó (não o sendo).
Baptizei-a, por isso de "Galhi", nome que hoje ainda lhe chamo.
Analfabeta mas carregada de sabedoria. De coração doce e cheio de ternura.
Ao longo da vida mimou-me, amou-me e continua a tratar-me por "menina".
Hoje, 12 de Fevereiro, faz anos.
Gostava de poder abraçá-la, neste momento. No fundo, sentir de novo o colo de "menina" que ela para mim representa.
Galhi, bem sei que não consegues ler estas palavras. Mas elas aqui ficam, indeléveis, porque te amo do fundo do coração.
1 comentário:
Trix
Fiquei emocionada e com saudades de há mais de trinta anos.
todos nós gostamos e recordaremos sempre a Galhi
Biejos
Guida
Enviar um comentário