Tenho-me por uma pessoa organizada que arranja sempre tempo para as coisas que merecem o dispêndio. Embora ocupada, não tenho deixado de ler os meus livros, de ver os meus filmes, de mimar a Matilde e de tratar da minha casa.
Aqui os morangos é que têm sofrido um bocadinho, é verdade.
Tanta coisa tem acontecido nos últimos tempos que mereceria relato aqui no barraco.
Todavia, os mil e um afazeres diários aliados ao facto de o dia só ter 24 horas, algumas das quais tenho de passar a dormir (sob pena de uma neura que me torna irritadiça e insuportável para quem comigo convive), têm provocado sucessivos adiamentos à minha escrita.
Mea culpa.
E, ainda assim, com desculpa.
O acto de escrever merece respeito. Exige concentração, esforço e, por vezes, algum sofrimento. Ora, nem sempre as condições se reúnem para tanto. Recuso-me a escrever "por dá cá aquela palha". Não leiam esta minha afirmação como considerar a minha escrita diferente das demais. Não. De todo. Sei-a banal, assumidamente comum. Mas dá-me algum prazer e isso, para mim, basta-me. Há vezes, porém, em que esse prazer é suplantado pelo que retiro quando chego a casa e me dedico a um "dolce fare niente", que me sabe tãããão bem.
Mas, a vida é mesmo assim, não é?
Feita destes pequenos/grandes (enormes!) prazeres ;-)
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