quarta-feira, 8 de julho de 2009

Como se o orvalho te tivesse beijado


Felizmente a memória retém o que mais importa. É o que há de bonito na passagem do tempo: apesar do rosto ficar mais marcado, a pele mais baça, o corpo mudado, não há preço que pague as boas recordações que vamos, assim, acumulando.
Pois, hoje tropecei num texto do Lobo Antunes que conheço há anos.
Li-o, pela primeira vez, teria uns 16 ou 17 anos, quando saiu publicado numa crónica semanal de um jornal da altura. Gostei tanto desta prosa feita de poesia que guardei religiosamente o recorte do jornal anos a fio.
Desconheço o paradeiro do dito papel, com tanta mala para trás e para frente nas reviravoltas da minha vida, mas aqui vo-lo deixo porque merece a partilha: